quarta-feira, 17 de abril de 2013

Swallowing teardrops

Fico me perguntando se alguém já percebeu, como eu acabei de perceber a real sensação de engolir o choro. "Catching tears" eu pensei, e me vi ali, dentro da minha cabeça criativa, eu estava segurando minhas lágrimas com minhas mãos, foi quando lembrei que não podia, que não era com as mãos que eu deveria segura-las. Que eu deveria engolir o choro. Foi o que eu fiz. Tomei um pouco de coragem, puxei o ar com a boca e engoli. As lágrimas que nates estavam nos meus olhos pareceram ter passado para a garganta. E não desceu redondo como uma Skol. Desceu como uma bola de chumbo, como quando coca-cola não desce bem, e dói o peito. Glup - foi o barulho que fez dentro da minha cabeça. Pronto, passou. Vida real não tem espaço pra choro.

sábado, 6 de abril de 2013

Não quero vender produtos, quero vender ideias.

A situação é a seguinte: ... Na verdade antes de eu começar a reclamar da minha vida escrever, eu preciso dizer que cheguei a conclusão que escrevo por ter medo de falar as coias em voz alta e elas virarem realidade. Prefiro escrever porque assim fico com a sensação que ninguém está vendo, e se ninguém está vendo, se ninguém toma conhecimento de algo, logo, esse algo não existe. Certo? Mas voltando pro ponto que me fez sentar na frente desse computador num final de tarde de sábado em Belém do Pará, lugar em que sonhei em estar durante uns 4 anos pelo menos e hoje me vejo aqui, com tudo, mas frustrada. Frustrada porque fiz cagada. Pronto, está dito. Fiz cagada. Errei, decisão precipitada, caminho errado, ansiedade, necessidade, emocional abalado, ego inflado, posso chamar do que eu quiser, mas nessa equação a soma dos fatores não vai alterar o resultado. No caso, eu só estou mudando o nome da variante. E a variante é o erro. Cara, na boa, dói admitir. Ninguém gosta de errar, ainda mas quando não podemos corrigir. Mas é isso, errei e errei feio. Sabe naquelas entrevistas de emprego quando nos perguntam "qual o seu maior medo?" Eu sempre respondi que era me perder no meio do caminho. Acho que quase ninguém entendia mas o que eu queria dizer é que eu tinha muito medo de começar a fazer um monte de coisa e perder o meu foco principal. Talvez, esse medo já existisse por eu conhecer muito bem a minha personalidade um tanto quanto... impulsiva - outra coisa que odeio admitir. Juntei a minha impulsividade, com imprudência, teimosia, bati no liquidificador e deu no que deu. Me perdi nomeio do caminho.Não tive paciência para esperar. Fui com muita sede ao pote. Poderia citar várias frases que registrassem, no português claro, a cagada que eu fiz. Tô mimimimizando do erro a um parágrafo inteiro e até agora não disse com todas as palavras o que foi. Sem entrar em detalhes vou direto ao ponto: eu estou ODIANDO com todas as minhas forças o meu trabalho. PRONTO FALEI. ODEIO, ODEIO, ODEIO. Eu sempre quis escrever, e eu AMO escrever. AMO AMO AMO AMO AMO, posso passar o dia fazendo isso. AMO encontrar formas de dizer algo. É disso que eu gosto. Não gosto de PLANEJAR, pensar em ESTRATÉGIAS, descobri que nem de FACEBOOK eu gosto. Não saco nada de tecnologia e nem quero sacar. CARA, eu só quero escrever, eu só quero que alguém me pague pra isso, por que é tão difícil? Não quero vender produtos, quero vender ideias. SOCORRO, alguém me ajuda. Só quem faz diariamente o que não gosta sabe o peso que é todos os dias ter que fazer. Sabe o que é se trancar no banheiro do escritório, contar de 1 até 10 para não sair correndo dali o mais rápido possível. Sabe o que é tentar tentar tentar e no fundo saber que não importa o quanto você tente não vai dar certo. Mas vamos lá, bola pra frente. CORAGEM! O primeiro passo eu tô dando agora, admitindo o erro, agora, é só tomar um atitude. Muito obrigada por existir, mundo das palavras, sem você eu estaria pagando 200 reais por uma hora de terapia.