segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Pra rir

Sábado, 22h da noite, tudo armado. Eu, como uma boa histérica escolho a saia mais curta do meu armário, vermelha, isso, tenho que ficar linda, pra ele claro, pra ele ver que eu sou linda. Saio com sono, naquele estilo "before I leave I brush my teeth with a botle of jack", e antes de sair estava escutando Radiohead. Mas vamo lá, na garra. O que eu não faço por você afinal de contas? Chegando lá, uma mesa, nela, umas 8 pessoas me olhando boquiabertas, parei por uns segundos pra ver se tinha saído nua de casa, or something. Respirei, contei de um até 10 e dei uma d simpática e educada, afinal de contas, foi assim que os meus pais me ensinaram. "Todos conhecem a Verena né?", um único ser, filho de Deus, teve a coragem de estender a mão e dizer "tudo bem?" enquanto todo o resto me olhava como se eu fosse um E.T, quer dizer, quem dera que fosse isso que estivesse passando na cabeça deles, melhor do que pensarem que eu sou uma P... Mas voltando a cômica noite de sábado, depois de um silêncio aterrorizador de exatamente 30 segundos, enquanto eu não sabia se saia correndo, enfiava a minha cabeça dentro do chão, ou se dava uma de louca e perguntava o que todo mundo tava olhando, levantamos, UFA graças a Deus, por um segundo eu pensei que teria que aguentar aquelas caras enrugadas por mais tempo. "Uma antartica por favor!" GUT GUT GUT GUT, "OUTRA!" GUT GUT GUT GUT, ufa, aí sim consigo raciocinar. Aí eu tinha duas opções. Ou eu vou embora e assino o meu atestado de puta, ou eu fico aqui e finjo que não é comigo. Oras, meu nome é Verena Sem Braço, mas é claro que eu fico, fugir? De que? De quem? Pra que mesmo? Anyways, lá pelas tantas, como se não pudesse ficar pior, a chefe do grupo da Máfia Italiana, porque assim, devo admitir que aquilo foi bem cinematográfico, mas muito bem, porque eu gosto assim, tem que ter drama, veio e disse "cuidado". CUIDADO? Really grandma? Deu vontade de rir e dizer "preocupa não, tenho cuidado, tenho cuidado muito bem dele" e ter feito a cara mais safada que eu tenho. Mas aí né, sei lá, nunca se sabe se as pessoas param só nos ataques verbais e psicológicos e se partem pra outros estremos, e eu sou uma princesa da paz, não podia baixar o nível. Claro que ainda não foi nessa hora que eu fui embora... Imagina, o que ela achava? Que eu ia me trancar no banheiro e chorar? Ligar pra mamãe? Ai, give a break. Tomei mais 4 cervejas, na conta dele, claro e aí sim fui embora. Minha cabeça girava de tanta informação, tinha apenas 10 reais na carteira, comprei um vinho de 5,00 e com os outros 5,00 uma carteira de cigarro. Parei o carro, bebi até ter certeza que ia chegar em casa e apagar. Dito e feito. Daquela noite, eu prefiro não lembrar mais. Mas, que fique bem claro, daqui eu não saio tão cedo, então, acho bom vocês terem outras cartas da manga além de caras feias. Porque se tiverem... BRING IT ON BITCHES! 

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