Sempre quis um amor desses de cinema, meio doentio, meio vício frenético, meio John e Yoko, Sid e Nancy. Sempre me entediei muio fácil, sempre achei tudo tão sem graça, sempre me enjoei das pessoas, e pensava que se eu achasse esse amor louco desvairado eu assim sim, me acalmaria. Mas não, minha vida anda uma roda gigante, uma montanha-russa, e já tô quase chegando no trem fantasma. É assim que tenho me sentido, com cabeça completamente fora do lugar, na verdade com a cabeça em tantos lugares sem na verdade chegar a lugar algum. É muita coisa, muita coisa, acontecendo, rolando, indo, passando, ficando, amando, AI vida, me dá um tempinho. Sempre digo que sou 8 ou 80, e o problema de ser assim é que eu nunca estou fazendo alguma coisa mais ou menos, ou estou mais ou menos com alguém. Pelo contrário, sou tão frenética que chega a sufocar quem está a minha volta e me sufoco junto também. É tanta vontade, tanto impulso, tanto vício que eu não consigo deixar passar. Todo os dias eu tenho acordado pensando, "essa foi a última vez", preciso de um tempo, PRECISO RESPIRAR e não dá cinco minutos e lá estou eu, fazer tudo de novo, over and over again. Nunca fiquei com tanta saudade das minhas amigas como estou agora, da minha cidade, da minha família, acho que eu tô precisando de um choque de realidade. De um tapa na cara da Samia, de uma lição de moral daquelas da Gabriella e de um abraço aperto que sempre me arranca lágrimas da Carolina. Dezembro, será que dá pra chegar logo? Eu pre-ci-so sair daqui.
Um comentário:
SLAP. Engole o choro.
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